Crédito da foto: Guilherme Dardanham/ALMG
Escola Mário Campos e Silva: patrimônio histórico e cultural da educação de Minas Gerais
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou o projeto de lei do deputado Lucas Lasmar (Rede) que reconhece a Escola Estadual Mário Campos e Silva como patrimônio histórico e cultural imaterial da educação do estado. O PL 1224/2023 já foi aprovado em primeiro turno no plenário da ALMG e pela Comissão de Cultura.
Fundada em 10 de agosto de 1957, a Escola Mário Campos e Silva está localizada na Rua Osvaldo Cruz, no bairro São Sebastião, em Oliveira. Há quase 70 anos, a escola tem formado gerações de estudantes, atendendo, além do Alto São Sebastião, outros bairros como Elias Raimundo, Cíntia, Oscar Faria Lobato, Cabrais, Progresso, Chácara dos Areões, Santa Luzia, Aparecida, Segredo, Bandeirantes e Domingos Ribeiro.
Segundo Andrea Pereira, Secretária Municipal de Educação, o reconhecimento da escola como patrimônio traz benefícios tanto para a educação quanto para a cidade de Oliveira. Ela afirma que os alunos se sentirão mais conectados com o município e seu patrimônio, reforçando a identidade cultural local.
Em 2023, a Escola Estadual Mário Campos e Silva enfrentou ameaça de fechamento pela Superintendência Regional de Educação de Divinópolis, que alegou riscos na estrutura do imóvel. Diante disso, o deputado Lucas Lasmar uniu-se à comunidade escolar e realizou uma série de ações para reverter a decisão: organizou uma audiência pública na ALMG, solicitou vistorias do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil para avaliar a segurança do prédio, e se reuniu com o Secretário de Estado de Educação, Igor de Alvarenga.
No último dia 20 de junho, a Lei 24.824/2024, de iniciativa do deputado Lucas Lasmar, foi aprovada na ALMG, permitindo que a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) doasse o imóvel da escola ao Estado. Com essa doação, a reforma pode agora ser iniciada. Um projeto de reestruturação da escola já está pronto, prevendo reparos em áreas com risco de queda, recuperação do telhado, troca de telhas, pintura, reforma de banheiros e demolição de estruturas não utilizadas. A obra está orçada em um milhão e meio de reais, e Lucas Lasmar busca recursos junto ao governo para viabilizar a reforma.
Lázara Santos, vice-diretora da escola, informou que engenheiros da Superintendência Regional de Ensino de Divinópolis já realizaram uma vistoria inicial no prédio. Outra conquista celebrada pela comunidade foi o retorno do sexto ano para a Mário Campos e Silva. Após o anúncio do fechamento da escola, o sexto ano havia sido transferido para a Escola Estadual Desembargador Continentino, localizada no centro da cidade. Lázara Santos destaca que a volta de duas turmas do sexto ano foi comemorada pelos pais dos alunos, mas ressalta que as turmas do sétimo ano também precisam retornar: “muitos pais têm mais um de um filho na escola e fica bem mais difícil se um estudar na Mário Campos e o irmão, no centro. A dispersão de alunos causa mais gastos, transtornos para as famílias e riscos adicionais no trajeto escolar, já que muitos estudantes vão a pé.”
O deputado Lucas Lasmar comemorou as conquistas: “a comunidade oliveirense lutou para que a Escola Mário Campos e Silva permanecesse aberta. Nossa luta vai continuar até que a reforma seja concluída, garantindo melhores condições para nossos alunos. Sempre estarei comprometido com a melhoria da educação em Oliveira.”