Mamografias pelo SUS voltam a ser realizadas em Oliveira
Deputado Lucas Lasmar (Rede) comemora a retomada do serviço de mamografias pelo SUS em Oliveira. O novo equipamento, que custou R$ 800 mil, foi adquirido por meio de recursos intermediados pelo deputado estadual Lucas Lasmar (Rede) junto ao deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB). “A aquisição de um novo mamógrafo digital, especialmente durante o Outubro Rosa, mês de campanha de conscientização sobre o câncer de mama, é uma grande vitória para a nossa cidade.” – ressaltou o parlamentar. A previsão é que o aparelho seja instalado no Centro de Especialidades no próximo mês.
O novo mamógrafo digital, da empresa Konica Minolta, permitirá a realização de até 200 exames por mês, contribuindo para a detecção precoce da doença, que oferece até 95% de chance de cura quando identificada no início. Além disso, as mulheres de Oliveira não precisarão mais se deslocar para outras cidades para realizar o exame.
O câncer de mama é o segundo mais frequente entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele. Dados do Ministério da Saúde apontam que, até setembro de 2024, foram identificados 3.187 novos casos de câncer de mama em Minas Gerais. Em 2023, foram 7.666 e, em 2022, 1.945. Em relação aos óbitos causados pela doença, foram 1.064, em 2024; 1.827, em 2023; e 1.808 em 2022.
O exame realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) inclui a mamografia de rastreamento (indicada para mulheres de 50 a 69 anos, sem sintomas de câncer de mama, a cada dois anos) e a mamografia diagnóstica (indicada para avaliar lesões mamárias suspeitas, em qualquer idade, e também em homens).
Até o mês de julho de 2024, já foram realizadas 212.538 mamografias de rastreamento e 33.308 de diagnóstico no Estado, de acordo com a Agência Minas. Lucas Lasmar reconhece que o governo estadual tem investido na modernização dos equipamentos, substituindo mamógrafos analógicos por digitais, mas afirmou que ainda há muito a ser feito. “O tempo é essencial no tratamento do câncer”, enfatizou.
No Brasil, grande parte das pacientes chega ao tratamento com a doença já em estágios avançados, o que torna o incentivo à mamografia ainda mais urgente. Estudos mostram que pacientes diagnosticadas em fases iniciais têm uma taxa de sobrevida de 93% a 100% em cinco anos, enquanto em estágios mais avançados, esse número cai para cerca de 70%.
Lucas Lasmar destacou ainda que o diagnóstico precoce não só melhora as chances de cura, mas também reduz os custos do tratamento para o sistema público: “dependendo do estágio em que a doença é diagnosticada, o custo do tratamento do câncer de mama no SUS pode variar de R$ 17 mil a R$ 356 mil por paciente, de acordo com dados do Observatório de Oncologia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que cada real investido em prevenção pode evitar um gasto de 4 reais com tratamento.”
Minas Gerais conta com 40 serviços de alta complexidade em oncologia, distribuídos pelas macrorregiões do estado, com a possibilidade de oito novas habilitações nas regiões Norte, Oeste, Centro, Jequitinhonha, Nordeste e Vale do Aço.